Estação de Camionagem "Capristano e Ferreira"
"Capristanos e Ferreira, Limitada", uma das maiores empresas de camionagem, adquiriu o 1º autocarro em 1933, detinha 52 veículos em 1938, e mantinha no Bombarral a sede, serviços administrativos, terminal de passageiros, oficinas de manutenção e reparação. A empresa chegou a ter 250 empregados. Este complexo empresarial foi transferido para as Caldas da Rainha. Mais tarde, a firma mudou-se para o Largo do Município dispondo só de um terminal de passageiro e de bagagens.
As primeiras estações de rodoviária no Bombarral terão sido construídas em 1933 quando Artur Eduardo Capristano e o abastado comerciante de vinhos bombarralense, Joaquim Ferreira dos Santos, fundaram em sociedade, a "Empresa Capristano e Ferreira, Lda.", terão mandado construir a estação rodoviária e sede da sua empresa junto à Rua Dom Afonso Henrique. A rápida expansão do negócio motivou a ampliação da garagem em 1939. Porém, em meados da década de 1940, ambos os sócios resolveram separar-se, ficando Artur Capristano com a empresa e Ferreira dos Santos com os bens imobiliários (a garagem e a sede). A sede da empresa mudou, em maio de 1949, para as Caldas da Rainha, para um edifício, que ainda hoje alberga a estação de camionagem daquela cidade, desenhada por Camilo Korrodi, e considerada a estação de camionagem mais luxuosa da Península Ibérica. A estação do Bombarral deixou, assim, de ter a importância que antes possuía. Com a diminuição da importância da estação rodoviária do Bombarral, diminuíram também as necessidades de espaço, Artur Capristano, que pagava uma renda a Ferreira dos Santos para continuar a utilizar a garagem do Bombarral, terá decidido construir uma nova garagem de menor dimensão na mesma vila, situada na praça ou Largo do Município. O edifício da empresa sede foi destinado a albergar o Grémio da Lavoura, tendo em meados da década de 1970 sido repartido entre várias empresas.