Desafio Bombarral Antes e Depois (Fotografia Nº 15)


Fachada do Teatro Eduardo Brazão


Vista da fachada do Teatro Eduardo Brazão, inaugurado em 1921. Podemos ver ao fundo a Torre da Igreja Matriz do Bombarral, demolida em 1924. A foto foi tirada do lado norte da atual Rua D. Nuno Álvares Pereira, defronte do Chalet do Dr. Alberto Martins dos Santos .

O Teatro Eduardo Brazão foi um sonho concretizado por um grupo de amigos que, em 18 de dezembro de 1918, constituíram a Empresa Recreativa Bombarralense, Limitada, impulsionado sobretudo por Evaristo Judicibus, com o objetivo de construírem uma sala de espetáculos. E assim, três anos mais tarde, em 27 de fevereiro de 1921, é inaugurado o Teatro Eduardo Brazão, nome escolhido por homenagem ao ator teatral com o mesmo nome (1851-1925).
Nessa noite, um grupo cénico da terra com a presença dos atores Eduardo Brazão e Ilda Stichini, representou a peça em 5 atos "D. César de Bazan". No intervalo do primeiro para o segundo ato, Eduardo Brazão recitou os monólogos "Leonor Telles" e "Padre Nosso da Madrugada", e Ilda Stichini os monólogos "A Mãe" e "Nas Trincheiras". Os sócios fundadores do Teatro Eduardo Brazão - Empresa Recreativa Bombarralense, Lda., - foram os seguintes cidadãos: Evaristo Judicibus, José Gomes, Manuel Augusto Crespo, Manuel Bernardo do Nascimento, Gabriel Laura, José Maria Cruz, Jaime Canário, Graciano José Elpídio, Patrício José Maria Pina, Franklim da Silva Nunes, Pedro Monteiro, Deodoro Pimentel Vieira e Américo Monteiro.

O Teatro havia servido também como Quartel provisório dos Bombeiros Voluntários do Bombarral até que, em 1927, começou a ser construído o Quartel da Associação Humanitária. Sofreu no início da década de 1930 algumas obras de adaptação para utilização como cinema. Assim, a sala de espetáculos abre-se ao cinema mudo, funcionando quase como sala de cinema. A 15 de fevereiro de 1941, um violento ciclone varreu toda a região, uma das construções afetada foi o Teatro, que ficou seriamente danificado e completamente destelhado, incapacitado, portanto, de que ali fosse levado à cabo qualquer espetáculo.

Entretanto, a Empresa Recreativa Bombarralense fora dissolvida. O edifício, depois do ciclone, continuou a deteriorar-se. Um grupo de "amigos daquela sala" fundou, a 1 de dezembro de 1952, a União Cultural Recreativa do Bombarral que assumiu a propriedade do Teatro e começou a sua reconstrução. Após o 25 de abril de 1974, a sala de espetáculos deixa de ser utilizada, levando-a a alguma deterioração. Contudo, o seu proprietário (União Cultural Bombarralense) procede ao seu restauro, estando hoje ao serviço da cultura bombarralense. Alberga no seu interior um belo auditório em ferradura com plateia e camarotes e com dois andares superiores. Após várias obras de restauro, reabriu em dezembro de 2008. Pelo seu palco têm passado muitos artistas do teatro português.

O Bombarral e o Bilhete Postal Ilustrado: Teatro Eduardo Brazão